ADRENALINA
Um passo. O corpo, a máquina mais perfeita que existe, trabalha, a todo vapor.
O sangue, ensandecido, circula, viaja, voa. Corre, corre, corre.
Segue alucinado pelas incontáveis veias, artérias, micro veias. Da cabeça ao dedinho do pé.
O coração, como uma locomotiva, suga e lança litros de sangue. Puxa e empurra. Suga e Lança. Não pára. Milhares, milhões, bilhões de substâncias são lançadas na corrente sanguínea. E junto, vem ela. Adrenalina. Ah! A Adrenalina. Lançada a doses cavalares. Pulsa, pulsa, pulsa. Puxa e empurra. Suga e Lança. A máquina está a toda pressão. Pum! Pum! Pum! Pum!. Mais adrenalina...
Neste mesmo instante, o cérebro calcula, vasculha, analisa, pensa.
Manda parar e seguir. Chorar e sorrir. Recebe sinais de dentro e de fora.
A água fria que alivia, ressuscita, rega o corpo já exaurido e maltratado.
Ar. Ar. Preciso de Ar. Cadê a adrenalina? ... É a morte. Falta pouco. É a vida... A chegada.
... Sorriso, alívio, fim da batalha. En-dor-fi-na.
(Por Roosevelt S. Farias)
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